quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

o formigueiro

dentro do epiderme da terra
túneis são para seguir
sem espera
o que me apetece é
muita coisa que se foi
mas mais ainda
as pegadas não pisadas

a preparação age
e urge nos ponteiros
nossa pequenez
do solo surge
carregando folhas e grãos

aqueles retratos da sala
dizem adeus
sem pedir perdão

e eu vou
carregando minhas vontades
em forma da prudência

Um comentário:

  1. cada pedaço de folha é uma contribuição da formiga para a coletividade. há um caminho a ser descoberto, novas folhas caindo para serem levadas ao formigueiro e outras a serem tiradas dos galhos highways das árvores mais altas.

    às vezes quando tudo parece no fim, o vento bate e leva mais folhas para a porta do formigueiro e o ciclo da transformação mantém a dinâmica da vida. outras vezes a enxurrada leva tudo embora.

    as pessoas nos retratos nunca param de fazer as mesmas coisas. isso me lembra um pouco os motivos que geram a mudança...e prudência sempre, tanto na pergunta quanto na resposta, como a filosofia da capoeira interpreta nossas trajetórias no cosmos.

    amo vc pikena!

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