domingo, 21 de junho de 2009

Cynthia Blau me enviou essa poesia que publico aqui:

VIVA OS QUE NÃO SÃO

Em estradas surpreendentes

Como estrelas teleguiadas

Em caminhos monótonos

Calçadas aguadas

campos que de tão verdes são sozinhos

Em um espaço sem saber

O desespero dos que percebem

O que ninguém vê.

Dos que sentem

O que alguém crê

Um pouco cientista

Sem saber

E assim as coisas correm

Param

E são quantos mundos

Desse lado que sabemos?

Oh vida amiga

De parceiros soltos

De uma solidão junto com o mundo

De uma alegria por ser assim

Pessoa que acredita

Nos que não são

E são tantos

Que vivem esperando

No meio da confusão

um menino me viu desnorteada

e só com uma flôr

Acalmou

Conselho,

cobro de você um olhar no horizonte:

Pinte de urucum;

escorregue na favela;

capine o jardim;

caia da construção; seja um que não é,

viva os que não são

Um comentário:

  1. intuições. campos verdes sozinhos, eles tão sem pisões de crianças brincando. desse lado de cá, são (pro budismo)3 mil mundos em um único instante, e esse instante é a mudança

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